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jogos de deslocar

sábado, 28 de fevereiro de 2015

condensações (fotografia digital) 2015
Postado por gm ou giovanna martins às 19:31
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paraíso artificial: um jardim para uso próprio

paraíso artificial: um jardim para uso próprio

[...] afirmam que a conservação deste mundo é uma perpétua criação e que os verbos “conservar” e “criar”, tão inimizados aqui, são sinônimos no céu.

j. l. borges


O fictício não está nunca nas coisas nem nos homens, mas na impossível verossimilhança do que está entre eles: encontros, proximidade do mais longínquo, absoluta dissimulação lá onde nós estamos.

Michel Foucault


inventamos sempre o mundo porque a origem está sempre aquém (e além) do homem. disse um dia charles baudelaire em seu livro paraísos artificiais, que o homem visível da natureza visível [...] substituiria os móveis sólidos e os jardins verdadeiros por cenários pintados sobre tela e emoldurados. é assim: buscamos instaurar esses lugares Reais, esses cenários, para nos con-fundirmos; jardins onde podemos estabelecer diálogos amicais para tornar o mundo mais suportável.

e foi assim que surgiram essas pinturas: nem minhas, nem deles, nem suas, caro leitor. elas são como passagens que nos permitem estarmos próximos por um segundo e quase nos tocarmos uns aos outros enquanto diante delas nos colocamos. são como o paraíso, sempre desejável mas somente entrevisto; não revelado pois sempre perdido e já passado.

gm ou giovanna martins

gm ou giovanna martins

Formada pela Escola Guignard (UEMG) e mestre em Artes Visuais pela EBA – UFMG. Professora Adjunta do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Belas Artes da UFMG. Participou nas exposições coletivas Desenhos e outras intoxicações (BHz- Galeria do IAB, 1985), Operações fundamentais (BHz- Palácio das Artes, 1989), Refratário (BHz- Galeria da CEMIG, 2000) e O livro que não está aqui (BHz- Livraria Quixote, 2005). Realizou as individuais Tempestade na 3ª hora (SP- Itaúgaleria, 1986) e Pintura (BHZ- Sala Corpo de Exposição, 1991/97/99). Foi premiada no 18º e 19º Salão Nacional da Prefeitura de BH (Museu de Arte da Pampulha, 1986/87). Mestre em Artes Visuais com a pesquisa "Três personagens no território dos afetos: transversais de inscrições contemporâneas" (EBA-UFMG), e doutora em 2019 (EBA-UFMG), escreveu "Corpos nebulosos: imagens entre aparição e desaparição". Nos últimos anos vem investigando as relações de afeto no campo das artes visuais; as operações simbólicas que se fazem no entrelaçamento das artes visuais com a literatura; assim como os corpos nebulosos do mundo e das imagens que se fazem entre aparição e desaparição, assuntos sobre os quais tem realizado seu trabalho, ministrado cursos e publicado artigos.

textos em:

textos em:

http://issuu.com/giovannamartins

manual de nuvens para constable

manual de nuvens para constable


[…] são elas hoje a principal realidade, e preocupam-me como se o velar do céu fosse um dos grandes perigos do meu destino.

(fernando pessoa)


Quem há que suporte o Vazio?
Talvez Ninguém, nem Livro.
(m. g. llansol)

é preciso romper o círculo virtuoso das análises óbvias. dessas análises sem vida, feitas mais de virtuosismo que de amor. análises elaboradas em lugares protegidos, nos centros de poder [...]. análises sectárias, vale dizer, desligadas da realidade para uso das tribos desses mesmos poderes, e que se limitam a corroborar um status quo dos mais frágeis ou criticá-lo de forma comportada e polida.
(michel maffesoli em o ritmo da vida)

os animais, esses não falam. num universo de palavra crescente, de constrangimento à confissão e à palavra, só eles permanecem mudos e, por este fato, parecem recuar para longe de nós, para trás do horizonte da verdade. não é o problema ecológico de sua sobrevivência que é importante. é, ainda e sempre, o seu silêncio. num mundo em vias de não fazer nada além de falar, num mundo preso à hegemonia dos signos e dos discursos, o seu silêncio pesa cada vez mais sobre a nossa organização de sentidos.
(jean baudrillard)

destricotar as palavras para melhor vestir o que se diz.
(marie-laure bernadac sobre alguns trabalhos de annette messager).

voce realmente ama as palavras?
-
Ah! sim, as palavras poéticas.
(marcel duchamp em entrevista a pierre cabanne).


Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.

Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.

Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.

(Drummond)

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